quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PARCERIA

                                          
Nascemos sós. E por mais que a nossa busca maior na vida seja conviver com os outros, e por mais que a nossa volta hajam milhares de pessoas, vivemos e morremos sós. Somos sozinhos em nossos pensamentos, em nossos delírios oníricos, em nossos desejos secretos. Somos sós em nossas aspirações, conclusões e escolhas. E sendo assim, tão triste a realidade da solidão, parece estranho pensar que é a parceria quem torna a vida menos fugidia e mais cheia de sentido.

Temos parceiros no amor, na amizade, no jogo de volêi, nas brincadeiras da infância, nos trabalhos de escola. Algumas vezes, o parceiro é um amigo. Outras vezes, é um desconhecido útil. Outras vezes ainda, é só um parceiro. E em algumas vezes, nem mesmo gosta de você. Mas não faz mal. O importante é que os parceiros são aqueles que se unem para fazer algo em comum. E fazem.

Quando o assunto é parceria de trabalho, nem sempre há consenso. Algumas escolas não só não incentivam como proíbem que as professoras conversem e trabalhem juntas. Outras, obrigam o contrário, pensando que a parceria pode ser simplesmente institucionalizada como um bem necessário, imposta. Em algumas escolas, os parceiros se escolhem. Outras, são escolhidos. Acredito eu que o trabalho em parceria é algo que deve ser conquistado, refletido e repensado sempre, não como um arranjo técnico, mas como uma possibilidade democrática de convivência e construção do conhecimento pedagógico. Mas é difícil ver quem leve isso a sério. A verdade é que nesses quase 9 anos de magistério eu já vi muita coisa, mas poucas vezes vi alguém, em um momento de parada pedagógica, falar seriamente sobre a parceria, o que ela contribui para o trabalho do dia-a-dia e como pode ser melhorada. Acho que pensar melhor a parceria entre as professoras é uma mina de ouro que boa parte das escolas ainda não descobriram.

Esclareçamos. Estar junto nem sempre é estar em parceria. Parceiro não "rouba" idéias, compartilha. Parceiro não adula gratuitamente, mas puxa a orelha quando é necessário. Parceiro não esconde o que faz de bom, mostra para que você faça também. Parceiro não concorda com tudo, mas expõe os pontos de vista. Parceiro não puxa tapete, mas entende que o seu sucesso é o sucesso dele também. Parceiro avisa, dá um toque de que você está pisando na bola, esclarece aquele ponto que você não entendeu, contribui para que você cresça e aprenda. O parceiro é aquele que elogia quando ninguém parece dar bola para o que você faz, e critica contrutivamente o seu trabalho de uma maneira que só quem acompanha de perto pode fazer. O parceiro é uma extensão dos seus olhos, ouvidos e boca profissionais, e deixa que você seja alguém assim pra ele também. Como naquela corrida de bastões, como em revezamento de nadadores, como tênis de duplas, como esquema tático de futebol. Cada um na sua, mas todos juntos para um objetivo comum.

Nem sempre é preciso amizade em uma parceria, mas é preciso afinidade. Sem pensar parecido, parceiros não se entendem. Há experiências traumáticas, e talvez seja por isso que tem quem jure que é melhor trabalhar sozinho. Com certeza, é muito mais fácil fazer tudo do seu jeito do que tentar um acordo, principalmente se a diferença com a outra pessoa é grande. E em algumas horas, o trabalho solitário é necessário mesmo. Estar sozinho é bom para fazer coisas que ninguém pode fazer com e por você, para colocar em prática idéias que são só suas, e que você ainda não achou jeito de compartilhar. Há que se respeitar a individualidade para que ela não seja tão sufocada ao ponto de perdermos a identidade. Porém, na maior parte das vezes, é o trabalho em parceria que enche de riqueza as nossas vidas, nossas salas de aula.

Cada parceiro é de um jeito. Eu sou assim, meio desorganizada, detesto qualquer tipo de controle cego, não me submeto a uma rotina a não ser que me convença da necessidade dela. Sou bagunceira, escrevo demais, falo o mesmo tanto, misturo papéis, tenho idéias o tempo todo de um jeito quase compulsivo, dificilmente levo preocupações comigo que durem mais de uma semana e gosto de observar, intuir e sentir mais do que analisar, contabilizar e quantificar. E sendo desse jeito, já trabalhei com muita gente diferente de mim, e gente parecida também. E cada uma das pessoas com quem estive me acrescentou muitas coisas, mudaram coisas em mim. Tenho certeza que no trabalho que eu faço hoje tem um pouquinho de cada parceiro que já tive na vida.

Claro, nem sempre tudo é lindo, gostoso, divertido. O preço da parceria é a dificuldade do ajuste, do entendimento. É necessário abrir mão de algumas coisas, é necessário assumir erros que não são seus, é necessário ter paciência e muita clareza de objetivos. É necessário ter humildade para não bancar a sabichona o tempo todo, e ter segurança para sustentar o que se pensa quando se tem como parceiro alguém que sufoca. É necessário ter a sabedoria e o jogo de cintura para saber quando é a hora de respeitar as diferenças individuais e quando é a hora de modificar essas mesmas diferenças, sempre em prol de um bom trabalho. E tudo isso é um aprendizado longo, que nunca acaba.

Mas, pessoalmente falando, não posso reclamar, não. Sempre tive sorte nas minhas parcerias. Eu tenho boas lembranças dos parceiros com quem já estive. Alguns se tornaram bons amigos que eu guardo em lugar sagrado no coração, e vou guardar pra sempre. Outros, passaram e se foram. Mas sempre deixaram boas coisas comigo.

Por isso, quero agradecer a todos eles por terem me ensinado, dividido sorrisos e lágrimas, por terem xingado, concordado e discordado de mim, por terem dividido trabalho, por terem me ajudado e amparado, por terem sido companheiros em horas em que eu mesma não consegui ser. E um beijo especial para os integrantes do Saberes e Palavra Viva , por me aguentarem mais de perto esses últimos meses. :-)


"Sozinhos, vamos mais rápido.
 Mas juntos, chegamos mais longe."





Todos juntos

Para o musical infantil Os saltimbancos


Uma gata, o que é que tem?
- As unhas
E a galinha, o que é que tem?
- O bico
Dito assim, parece até ridículo
Um bichinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
- As patas
E o cachorro, o que é que tem?
- Os dentes
Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá

Junte um bico com dez unhas
Quatro patas, trinta dentes
E o valente dos valentes
Ainda vai te respeitar

Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer

Uma gata, o que é que é?
- Esperta
E o jumento, o que é que é?
- Paciente
Não é grande coisa realmente
Prum bichinho se assanhar
E o cachorro, o que é que é?
- Leal
E a galinha, o que é que é?
- Teimosa
Não parece mesmo grande coisa
Vamos ver no que é que dá

Esperteza, Paciência
Lealdade, Teimosia
E mais dia menos dia
A lei da selva vai mudar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer

E no entanto dizem que são tantos
Saltimbancos como somos nós.

Para o musical infantil Os saltimbancos 1977*
Postado por Djanira magalhães às 14:53
FONTE:http://djanira-magalhaes.blogspot.com

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CARTA DE ABRAHAM LINCOLN AO PROFESSOR DO SEU FILHO, 1830

                       
 "Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.

 Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que uma derrota honrosa vale mais que uma vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que, por vezes, os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão. Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

 
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens. Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor".

QUANTO DESSE PEDIDO O PROFESSOR DE HOJE E CAPAZ ATENDER PLENAMENTE ???



FONTE : http://profmanuelfernandes.blogspot.com/

“O dia mais pós-construtivista”

O planejamento dos grupos áulicos foi um processo muito pensado, discutido e estudado pelo grupo Palavra Viva. No início, muitas dúvidas, incertezas e desconfianças. Será que essa história de grupos áulicos dá certo mesmo? Será que devemos perder tanto tempo com algo que é tão simples... Por que não formar grupos por cores e pronto! Para que as escadas, votação com quem quero aprender, trocar, ensinar, apuração de votos, líderes, escolhas... Todas essas questões surgiram no grupo, mas sabíamos que esses pensares eram simplesmente reações diante do que nos era novo, e assim decidimos apostar e cumprir à risca a formação dos grupos áulicos, pois só saberíamos das respostas, vivenciando a formação dos grupos áulicos. Assim planejamos. Criamos um texto do “Dinomir vai votar” como preparação para a votação da aula seguinte. E no dia D, um momento tão esperado, inclusive por eles, pois muitos dos alunos me perguntavam ansiosos quando iria ocorrer o “dia da política” (muito interessante essa colocação da aluna Isadora). Assim, a aula ocorreu num clima de muito envolvimento e alegria. Iniciei com a escada, onde ficaram curiosos ao ver seus nomes em listas, com ou separados de alguns colegas. Percebi que ao explicar a escada, nenhum se sentiu injustiçado, ou constrangido com a sua posição na escada. Deixei muito claro que ali estava exposta a forma de como eles pensavam, desenvolviam a escrita. E que não se trata de um ser mais inteligente do que outro, mas que pensavam de formas diferentes, e todos estavam ali com o objetivo de chegarem juntos no mesmo degrau dos alfabetizados. Inclusive os meus PS2 (3) e Silábicos (4) em nenhum momento os vi nem os senti constrangidos, pois esse era um dos pontos em que tocávamos no planejamento ao achar que a escada era de certa forma constrangedora. Vi realmente que ela não é, pelo contrário, é reveladora, serve de espelho para o aluno, para aguçar a sua auto-análise, sua reflexão diante dos seus saberes e ignorâncias (ou seria agressividade). O cartaz com os nomes de todos em ordem alfabética foi bem interessante, pois com as cédulas nas mãos eles já copiavam os nomes dos colegas que gostariam de votar. Na contagem dos pontos, cada voto era comemorado e a carinha de orgulho por ter recebido os pontos e a ansiedade para saber quem seria os líderes da sala era notória. Na contagem todos muito atentos e para minha surpresa a votação foi muito equilibrada, e se alguns acharam que somente a lista de alfabéticos seriam líderes, eis que uma silábica também foi líder junto com mais duas alfabéticas. Três mulheres ganharam e relacionaram o feito até mesmo com a vitória da nossa Presidenta. Assim seguiram escolhendo seus componentes e por último um aluno sobrou. Ficou aquele clima! O aluno ficou um tanto chateado, foi aquele suspense... Foi nesse momento que o jogo virou e o aluno rejeitado, passou a ser o mais disputado. Conversei com ele que agora ele era quem iria escolher o seu grupo, mas com a condição de que cada grupo iria ter que conquistá-lo com ótimos argumentos. Nesse ínterim, eu e o aluno ficamos confabulando sobre a melhor escolha, o alertei sobre falsas promessas, exageros, enfim que ele deveria ser bem cauteloso na sua escolha, em contra-partida orientei os grupos a fazerem o melhor que puderem, pois ele era um componente muito importante e fundamental para o grupo. As apresentações foram dignas de aplausos e de um momento constrangedor, fez-se um momento de glória para o aluno “rejeitado”, ele observou, pensou e decidiu. O grupo escolhido o acolheu com muita euforia. Os grupos estavam formados. Ufa! Quanta coisa ocorreu nessa aula, aprendizagens que perpassaram por muitos sentimentos. E o principal deles foi o entusiasmo de todos em se sentirem importantes e confiantes no grupo e em si mesmos. Portanto diante do relato, as dúvidas do princípio foram respondidas e a riquíssima experiência deixou a certeza que a formação dos grupos áulicos só tem a contribuir para a aprendizagem e a formação de valores importantíssimos para a vivência em grupos na sala de aula a partir da proposta geempiana.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA SHOW !!!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO GEEMPA FORTALEZA

A Confraternização Natalina dos integrantes do GEEMPA-FORTALEZA foi realizada no dia 22/12/10. Sendo o Parque Ecológic0(ECOPOINT) o local escolhido para a realização do evento.


GRUPO SABERES E PALAVRA VIVA DURANTE A TRILHA

OS ENCANTOS DO PARQUE !!!

MICHELE
A ONÇA PARECE QUE NÃO ESTAVA GOSTANDO DOS VISITANTE
MARTA REJANA , DJANIRA E FABIANO
MAIS PARADAS NA TRILHA PARA FOTOS, MICHELE E TIAGO


MIRIZAN, DJANIRA , MARIA LUISA
MIRIZAN, APARECIDA, MALU
MIRIZAN , MICHELE, MALU

MÔNICA E SEU PÉ DE JABUTICABA
EM CADA RECANTO DO PARQUE UMA SURPRESA
ESSA É A NAMORADEIRA DA JANELA
GENTE !!! LÁ ENCONTRAMOS ATÉ O ELEFANTINHO NO POÇO RSRS
ESSE MOMENTO FOI MUITO GEEMPIANO RSRS
TINHAMOS QUE REGISTRAR
O GRUPO DE PROFESSORES GEEMPIANOS DA SER V E MIRIZAN COORDENADORA

APROVEITAMOS A OCASIÃO PARA HOMENAGIAR MALU
E REGINA BRUNO PELA PASSAGEM DOS SEUS ANIVERSÁRIOS
PAPAI NOEL ESTEVE NA CONFRATERNIZAÇÃO RSRS

MOMENTOS PRA SE GUARDAR.
AGRADECEMOS A COORDENAÇÃO DO GEEMPA- FORTALEZA POR
TODO CARINHO COM QUE PREPARARAM A CONFRATERNIZAÇÃO

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Confraternização do Polo Américo Barreira 2010

O clima do Natal é propício parafortalecer nossos vínculos afetivos. As dramáticas estão à flor da pele. Que
este momento seja repleto de paz, amor e saúde para todo o grupo do
GEEMPA-FORTALEZA.












 






















quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

LEMBRANÇA NATALINA


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ENSINAR, UMA TAREFA DA ORDEM DO IMPOSSÍVEL.

SUBINDO A MONTANHA DO DESEJO

PRIMEIRO ESTÁGIO

    Num primeiro estágio na subida da montanha que pode nos levar a ensinar a todos, somos embalados pelo prazer docente que, induscutivelmente, pode ser grande. Muitos dentre nós curtem o contato com os alunos, sentem-se bem entre colegas e podem ainda estar seguros no contato estável e permanente se forem do ensino público.
    Mas, este prazer não se sustenta por muito tempo.Quando as turmas se sucedem, no seu currículo de docente e o rastro de não ensinagens de alguns ou de muitos alunos , se faz evidente que , se ele for comprometido e responsável, não viverá tirando licença, mas vai tratar de se formar.

SEGUNDO ESTÁGIO

     Ele vai procurar saber o que lhe parece adequado no âmbito da pedagogia e vai procurar conhecer ideias, teorias e práticas sobre o tema. Pensar-se-á, com isto, equipado com o que há de melhor na ciência e na técnica, e provalamente vai ainda deixar de ensinar a uma certa porcetagem de alunos. Porém, vai atribuir seus insucessos a problemas de aprendizagem deles. Mas, se ouviu falar que,desde 1820, Jacotot já havia vislumbrado que todas as inteligências são iguais, vai dar-se conta do seu equívoco,  e vai reformular seu veredicto- é impossível ensinar a todos, pois ele já está apoiado no que julga ser o melhor em matéria de ensino e não consegue.

     Se ele fizer parte da 3ª categoria na classificação de Bretch-
  
           "Há os que lutam um dia e são bons.
            Há os que lutam anos e são melhores ainda.
            Há os que lutam toda a vida.
            Estes são os imprescindíveis".

     Se ele for persistente, obstinado e insastifeito, vai ingressar na terceira etapa da escalada da montanha- a etapa em que não há caminhos conhecidos e na qual tudo é novidade e risco, presidida pela necessidade de invenção a cada um de seus momentos.
    Alguem só chega lá se tiver em sua retaguarda a solidez de conhecimentos cientificos e a fortaleza do pertencimento ao grupo dos que constituem a Escola de Pensamento que elabora tais conhecimentos.

    Ensinar é muito mais do que ciência e arte. Ensinar é esta tarefa impossível que somente a força extraordinária do desejo pode dar conta.

.
 LIVRO,Que Letra é Essa?
pág 16. Ester Pillar Grossi

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO NATALINA GRUPO SABERES









                                                               




Eu não sou você
Você não é eu


Eu não sou você.
Você não é eu.
Mas sei muito de mim
Vivendo com você.
E você, sabe muito de você vivendo comigo?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava prá você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança
Na sua, minha, competição
Na sua, minha, birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha, fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto
Olhava pra mim?

Eu não sou você
Você não é eu.
Mas sou mais eu, quando consigo
Lhe ver, porque você me reflete
No que ainda sou
No que já sou e
No que quero vir a ser...
Eu não sou você
Você não é eu.
Mas somos um grupo, enquanto
Somos capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu, vivendo com você e
Você ser mais você, vivendo comigo
A construção do grupo
Um grupo se constrói através da constância da presença de seus elementos, na constância da rotina e de suas atividades.

Um grupo se constrói na organização sistematizada de encaminhamentos, intervenções por parte do educador, para a sistematização do conteúdo em estudo.

Um grupo se constrói no espaço heterogêneo das diferenças entre cada participante: da timidez de um, do afobamento do outro; da serenidade de um, da explosão do outro; da seriedade desconfiada de um, da ousadia do risco do outro; da mudez de um , da tagarelice de outro; do riso fechado de um, gargalhada debochada do outro; dos olhos miúdos de um, dos olhos esbugalhados do outro; de lividez de um, do encarnado do rosto do outro.

Um grupo se constrói enfrentando o medo que o diferente, o novo provoca, educando o risco de ousar.

Um grupo se constrói não na água estagnada do abafamento das explosões, dos conflitos, no medo em causar rupturas.

Um grupo se constrói, construindo o vínculo com a autoridade entre iguais.

Um grupo se constrói na cumplicidade do riso, da raiva, do choro, do medo, do ódio, da felicidade e do prazer.

 Vida de grupo dá desânimoPorque em muitas situações nos confrontamos com o caos: acúmulo de temas, processos de adaptação, hipóteses heterogêneas.

Caos criador que nos demanda nova re-estruturação –organização. Procura da forma original própria e única adequada ao novo momento.

Vida de grupo (ah!... vida de grupo...)
Vida de grupo dá muito trabalho e muito prazerPorque eu não construo nada sozinho; tropeço a cada instante com os limites do outro e os meus próprios, na construção da vida, do conhecimento, da nossa história.




 Madalena Freire

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ATIVIDADES O CASAMENTO DO DINOMIR


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CONTRIBUIÇÃO PROFESSOR FABIANO



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

RAP DO DINOMIR

RAP DO DINOMIR

DINOMIR ELE É FERA
NÃO ESPERA, TEMPO BOM
PARA CHEGAR...
INTELIGENTE, ENVOLVENTE
ELE QUER É AJUDAR.

MAIS E VOCÊ MEU AMIGO
QUE CHEGOU PARA FICAR
NÃO VACILE, PARTICIPE
SUA HORA VAI CHEGAR!

A LEITURA E A ESCRITA
PRECISAMOS APRENDER
POIS USAMOS TODA HORA
E A GENTE QUER CRESCER

O RAP DO DINOMIR
ABALANDO A GERAL
EM FORTALEZA-CEARÁ
E ATÉ EM PORTUGAL

SE VOCÊ NÃO ENTROU
NESSA IDÉIA MEU IRMÃO
NÃO VACILE, ACREDITE
NO FUTURO DA NAÇÃO

APRENDER E VIVER
CONQUISTANDO ATENÇÃO
DA FAMÍLIA, DOS AMIGOS
DE TODO ESSE BRASILZÃO!



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como saber se Tiririca está alfabetizado?




É pelo menos intrigante, para não dizer incompreensível, o que vem acontecendo com um cidadão que foi eleito deputado federal e sobre o qual paira a interrogação se é ou não alfabetizado, condição para exercer tal mandato legislativo.
O que não se pode compreender é que a avaliação para concluir se Tiririca é ou não alfabetizado seja feita por juízes eleitorais.
A quem cabe decidir se alguém é ou não portador de alguma enfermidade?
A quem cabe julgar se uma obra de engenharia está ou não de acordo com as exigências técnicas requeridas?
A quem cabe avaliar se alguém é ou não alfabetizado?
É incrível que para esta avaliação não seja chamado um profissional conhecedor das sutilezas do processo de alfabetização. O juiz que agora afirma que Tiririca é alfabetizado porque apresenta “um mínimo de intelecção do conteúdo de um texto, apesar da dificuldade na escrita”, assim como o que inicialmente concluiu por sua incompetência para ler e escrever, não são profissionais habilitados para emitir tais julgamentos.
Estar alfabetizado exige que qualquer pessoa seja capaz de ler e de escrever um texto com características bem definidas, conhecidas por quem é da área. É imprescindível ler e compreender o conteúdo de um determinado texto, que cuidadosamente é preparado para essa avaliação. E é indispensável ser capaz de escrever também, de próprio punho, um texto, não um ditado proposto por outra pessoa. O texto escrito só será satisfatório para considerar-se alguém alfabetizado se uma pessoa medianamente instruída conseguir compreender o que o escrevente escreveu. Alfabetizado só o é quem consegue compreender idéias de outro postas no papel e quem consegue pôr no papel ideias suas, com princípio, meio e fim, pois isto é produzir um texto.
Este é o critério definido pela UNESCO para caracterizar a competência que permite considerar alguém alfabetizado.
Para avaliar esta competência há exigências e estratégias didáticas próprias, há modos estudados e testados para fazê-lo, e há profissionais preparados para tanto.
Confesso que não só tive vontade de me apresentar para avaliar Tiririca, como, mais do que isto, desejei ter disponibilidade para me prontificar a alfabetizá-lo, caso não o seja. Para tal, menos de três meses são necessários, com metodologia científica muito nova, que se apóia no pós-construtivismo. De acordo com esta metodologia ele deveria ser inserido em uma turma de no mínimo 12 alunos, porque aprendizagem escolar é um fenômeno social e só bem se realiza no interior de um grupo de colegas que persigam juntos os mesmos conhecimentos. A alfabetização acontece numa turma de alunos orientada para que percorra um processo muitíssimo interessante, o qual compreende hipóteses construídas a partir do contato com atos e materiais de escrita, isto é convivendo com pessoas que lêem e escrevem, assim como dispondo de livros, revistas, jornais, cartas, listas, cartazes, rótulos, etc... É fácil dar-se conta que estes contatos não são corriqueiros para quem é oriundo de ambiente onde estão os 50 milhões de adultos analfabetos com os quais ainda convivemos no Brasil. Cabe à escola, nesses casos, compensar a ausência desses contatos nas famílias, o que concretamente é possível.
A avaliação da competência na leitura e na escrita deve levar em conta uma síntese muito particular de três habilidades diferentes e complementares, que são a de associar sons a letras, a de ler e a de escrever. Aprender a ler e a escrever é semelhante a compreender e/ou falar uma língua estrangeira. Pode-se compreender sem falar ou até pode-se conseguir falá-la sem compreender quando outros falam, porque um e outro são processos diferentes, que não são simultâneos, nem paralelos. Somente quando se logra esta síntese de ler e de escrever é que se está alfabetizado, e para sempre. A perenidade desta alfabetização se deve ao fato de que nosso sistema nervoso registra tais sínteses, que são esquemas de pensamento. Nosso cérebro não acolhe conceitos isolados, ele só acolhe e registra campos conceituais, isto é um conjunto de elementos que se fecham num sistema de relações. Aquilo que não é registrado no organismo não tem como permanecer nele com estabilidade, isto é, não é verdadeiramente aprendido.
Portanto, avaliar se alguém está ou não alfabetizado é tarefa de profissional da área, que conhece os meandros do complexo processo pelo qual se passa para dominar a magia da escrita.
Felizmente, é isto que estão fazendo centenas de professores, no Rio Grande do Sul, dentro do projeto “Alfabetização de alunos com seis anos”, e milhares no Brasil, dentro do “Programa de Correção de Fluxo Escolar”, do MEC, ambos realizados pelo Geempa. Neles, os alunos são avaliados rigorosamente, com instrumento cientificamente qualificado e, felizmente, com excelentes resultados. Nesta excelência está o contingente de nosso estado que, neste ano de 2010, conseguiu alfabetizar todos os seus alunos, os quais comemorarão tal conquista em uma festa de premiação, dia 18 de dezembro, no Teatro São Pedro, em Porto Alegre.
Portanto, não se pode saber se Tiririca é ou não alfabetizado, a não ser que ele seja avaliado por profissional que conheça por dentro como se dá o processo de alfabetização e que saiba como se evidenciam os critérios estabelecidos pela UNESCO para considerá-lo alfabetizado.
 
 
 
Esther Pillar Grossi
Doutora em Psicologia da Inteligência
pela Universidade de Paris
 
fonte net

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma das nossas preocupações está sendo a escrita correta do nome. Ao fazer a escada da escrita do nome na turma,poucos o escrevem corretamente. Misturam letras, trocam, esquecem ou simplesmente não sabem o seu próprio nome. Como conceber tal realidade? Chego a pensar que isso deve ocorrer pelo fato desses meninos estarem com a auto-estima tão abalada que o seu próprio nome não é valorizado por eles próprios, refletindo na escrita. São tantas dramáticas...Enfim, o fato é que eles têm que aprender o nome completo. E claro, sem a nosssa tão conhecida cópia. Então, pensamos (dica da nossa coordenadora Mirizan) em fazermos uma atividade onde o aluno regularmente irá dar o seu "autógrafo"(fotos), se acertar corretamente, sem esquecer nenhum detalhe ganha uma estrelinha que será exposta numa cartolina. O estímulo virá da premiação da estrelinha, claro, e da sua folhinha de registro que tem como incentivo e exemplo o seu professor assinando o seu nome no dia da colação.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

produção do Dinomir

ESSA PRODUÇÃO DE TEXTO ESTÁ NO E-MAIL DO GRUPO EM ARQUIVO DO WORD.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deixe a Raiva Secar...

                                        
                                                                                          

     
 Leiam com muita atenção... Faz sentido e falou muito forte comigo!

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.
Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou?
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro.
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha.
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou."
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
Nunca tome qualquer atitude com raiva.


A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.



Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta.

Diante de uma situação difícil. 

Lembre-se sempre: Deixe a raiva secar

FONTE NET